10 de fevereiro de 2023

Regional – São Paulo – DIA 7 DE FEVEREIRO – DIA DO TRABALHADOR GRÁFICO! “A LINE OF TYPE”, DE OTTMAR MERGENTHALER

Por João Scortecci

Presidente da Abigraf São Paulo

A tipografia nasceu “em conflito”. Gutenberg teve de enfrentar a ira dos copistas quando da invenção de sua “prensa” de tipos móveis. Coisas do demônio! Desse “conflito tecnológico” – e sem volta – nasceram os jornais, as revistas, possibilitando, consequentemente, a popularização dos livros.

O primeiro jornal semanal foi o “Nieuwe Tijdinghen”, fundado na Antuérpia, Bélgica, em 1605. No Brasil – 200 anos depois – o primeiro jornal foi a “Gazeta do Rio de Janeiro”, que começou a circular em 10 de setembro de 1808, com o fim do embargo pela Coroa portuguesa, que, até então, proibia a existência, na Colônia, de imprensa, indústrias, bibliotecas e universidades.

Há, no entanto, quem afirme que o primeiro jornal do País foi o “Correio Braziliense”, impresso em Londres, Inglaterra, por Hipólito José da Costa, e distribuído no Brasil a partir de 1º. de junho de 1808. A primeira revista brasileira, “As Variedades ou Ensaios de Literatura”, foi lançada em 1812, em Salvador/BA, pelo editor português, Manoel Antonio da Silva Serva, e durou não mais que dois números. A arte da tipografia tornou-se um ofício nobre, com privilégios para poucos.

Da invenção de Gutenberg até à Revolução Industrial, os métodos de trabalho pouco evoluíram. Até 1814, quando foi inventada a máquina de impressão cilíndrica, o trabalho tipográfico tinha sido manual, quer na composição, quer na impressão. À invenção da máquina cilíndrica seguiu-se, passadas três décadas, a da impressora rotativa, que veio dar um significativo incremento à impressão de livros, jornais, revistas e outros impressos. Mas, se o problema da impressão estava, em parte, resolvido, a composição continuava a ser morosa e trabalhosa.

Era urgente a necessidade de se inventar uma máquina que substituísse o grande número de trabalhadores até então mobilizados para a composição. Coube ao imigrante alemão, Ottmar Mergenthaler (1854-1899), de Baltimore, EUA, proprietário do “New York Tribune”, a invenção – considerada a oitava maravilha do mundo – da máquina de composição de tipos de chumbo.

Em 1884, Mergenthaler apresentou ao mundo gráfico a sua incrível “Linotype”, equipada com chumbo em ponto líquido, capaz de compor uma linha inteira de texto com um simples toque no seu teclado. Com essa mecanização, a produtividade do processo de composição octuplicou, equivalente ao trabalho de oito compositores manuais. Ao ver sua engenhoca funcionando, Mergenthaler exclamou: “A line of type!”.

Noticias Relacionadas

17 de agosto de 2023

Cartão Material Escolar precisa ser ampliado para todo o Brasil

O Cartão Material Escolar foi o principal destaque apresentado pela ABIGRAF na Feira Escolar 2023.

Leia mais
17 de agosto de 2023

Prêmio Excelência em Papelaria reconhece os destaques de 2023

O Presidente da ABIGRAF Nacional, Julião Flaves Gaúna participou do Prêmio Excelência em Papelaria 2023, considerado o Oscar do segmento, e que reconhece e valoriza as papelarias de maior relevância do último ano.

Leia mais
14 de agosto de 2023

Trabalho de atração de associados vem dando resultado no Paraná

Gráfica premiada no Prêmio Oscar Schrappe Sobrinho prova que trabalho de atração de associados vem dando certo no Sigep/Abigraf-PR.

Leia mais